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A reportagem explica o conceito de relações parassociais, eleito como palavra do ano de 2025 pelo Dicionário de Cambridge. Essas relações acontecem quando alguém cria um vínculo emocional unilateral com celebridades, personagens fictícios ou até inteligências artificiais, sem que exista reciprocidade.

O dicionário define "parassocial" como "a relação que alguém desenvolve com uma pessoa famosa que não conhece, um personagem fictício ou até uma inteligência artificial". A busca pelo termo cresceu tanto que saiu do universo acadêmico para o vocabulário comum.

Segundo o psicólogo Claudione Cavalcante de Lima, essas conexões surgem de um laço emocional unilateral, alimentado pela necessidade humana de pertencimento. "Cria-se uma percepção de proximidade inexistente com celebridades ou personagens, reforçada pela exposição intensa na internet", diz…

• Definição do termo "parassocial" O que significa e por que foi escolhido como palavra do ano.
    • Origem e causas dessas relações Como surgem, quais necessidades humanas (pertencimento, validação, identificação) estão por trás e o papel da cultura digital.
    • Benefícios potenciais Como podem aliviar solidão, servir de válvula de escape e até ajudar no desenvolvimento emocional.
    • Riscos e impactos negativos Quando a idealização substitui vínculos reais, levando a isolamento, queda de autoestima, perda de identidade ou até comportamentos de stalking.
    • Formas de prevenção e manejo Recomendações de especialistas: manter vínculos reais ativos, ensinar senso crítico, acompanhar o uso das redes por jovens e reforçar a importância da reciprocidade nas relações.

O que sustenta esses vínculos?
A psicóloga e pesquisadora da USP Deborah Klajnman explica que a relação parassocial nasce da identificação. Projetamos desejos, conflitos e valores em celebridades e personagens, que acabam ocupando espaço no nosso mundo interno.

Fatores como falta de vínculos reais, busca por validação, dificuldades emocionais e a cultura digital —marcada por influenciadores idealizados— intensificam esse tipo de vínculo.

A psiquiatra Danielle Admoni alerta que o problema aparece quando a idealização substitui interações reais. "Quando deixamos de socializar e passamos a focar exclusivamente nessa figura, acende-se um sinal de alerta", afirma.

Benefícios e riscos
Segundo Lima, essas conexões podem aliviar a solidão temporária e servir como válvula de escape. Para Klajnman, também ajudam no desenvolvimento emocional, especialmente entre jovens que encontram comunidades com interesses em comum… -

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